Primeira etapa da barragem prevista para ser concluída em 2017

A primeira etapa da construção da barragem sobre o rio Colônia, no sul da Bahia, está prevista para ser concluída em novembro de 2017. A garantia foi dada pelo governador Rui Costa ao prefeito de Itabuna, Claudevane Leite. Acompanhados de secretários de estado, deputados, prefeitos e vereadores da região, Rui e Vane visitaram o canteiro de obras, na Estiva, no município de Itapé, no sábado, dia 2.  

Além da estrutura da barragem, as obras nesta primeira etapa também incluem a relocação de mais de 30 quilômetros da rodovia BA-120, que liga Itapé a Itaju do Colônia. É um investimento do Governo do Estado em parceria com o Governo federal de aproximadamente R$ 63 milhões.

A obra é executada pela Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), vinculada à Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento (SIHS). Mas o projeto tem outras obras complementares como novas desapropriações e mudança de rede de energia elétrica, um conjunto de intervenções que deve elevar o custo da obra para R$ 120 milhões.

“A meta é de que em novembro do ano que vem já possamos acumular água e ter a rodovia reconstruída”, afirmou o governador. Quando estiver concluída, a barragem vai beneficiar cerca de 350 mil moradores dos municípios de Itabuna e Itapé. Além de funcionar como reservatório regional de água por um período de até 30 anos, a obra de engenharia permitirá a diluição de efluentes e perenização dos rios Colônia e Cachoeira nos trechos em territórios de Itapé, Itabuna e Ilhéus.

O governador Rui Costa destaca que a obra tem dois grandes objetivos: garantir abastecimento de água para Itapé e Itabuna, podendo, no futuro, também contribuir com o abastecimento de Ilhéus e evitar enchentes, garantindo o fluxo de água para a vida do rio. O Governo do Estado também assegurou a recuperação das nascentes, incluindo no projeto o trabalho de conscientização ambiental com os proprietários de terra no entorno dos rios Colônia e Cachoeira.

Para o prefeito de Itabuna, Claudevane Leite, somente uma parceria sólida entre o Governo do Estado e a Prefeitura é capaz de resolver um problema histórico da cidade: a falta d’água. Nos últimos oito meses, o abastecimento de água em Itabuna se agravou ainda mais por conta do longo período de estiagem severa na região.

Isto resultou na queda considerável do nível dos rios que abastecem a cidade e exigiu da administração municipal medidas emergenciais para evitar o colapso total do sistema. “Apresentamos duas grandes reivindicações ao governador: a barragem e um projeto de saneamento básico para Itabuna. Ele nos prometeu que fará os dois”, disse o prefeito Vane.

“De fato estamos avançando para resolver o saneamento de água e esgoto de Itabuna e, num momento de crise como este estamos buscando investimentos da iniciativa privada para executar esta obra”, completou Rui Costa.

Ao falar para as demais autoridades presentes à solenidade, o governador Rui Costa destacou que o sul da Bahia, fora a Região Metropolitana de Salvador, é a região do estado onde o governo mais investe. “A região para mim é meta fazê-la retomar a autoestima e o seu processo de desenvolvimento”, afirmou. Para Rui, as intervenções não são com obras isoladas. Fazem parte de uma estratégia articulada de desenvolvimento.

O governador citou que, além da barragem e do saneamento básico de Itabuna, trabalha firmemente para atrair novas empresas para o município, aproveitando a integração feita nos últimos anos com o projeto de gás natural, que barateia custos de produção. Garantiu que o Hospital do Cacau – que vai desafogar o Hospital Geral de Ilhéus e o de Base, de Itabuna – terá a sua entrega antecipada.

O governador Rui Costa disse ainda que esta semana esteve com o Ministro dos Transportes e pediu urgência na reabertura da licitação da obra de duplicação da rodovia BR-415 Jorge Amado e destacou a criação da Universidade Federal do Sul da Bahia, com uma obra fundamental para um novo pensar sobre a região. “Ações juntas e articuladas têm o condão de promover o desenvolvimento da Região Cacaueira”, afirmou.